CAPACIDADE INDUSTRIAL: O CAMINHO PARA A PRONTIDÃO TECNOLÓGICA?

Clarice Saraiva, Samira Scoton

Resumo


O presente artigo pretende discutir a importância do gerenciamento da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, abordando a necessidade da prontidão tecnológica, com vistas a melhorar a capacidade militar brasileira, posto que a modernidade e a sustentabilidade são dois dos quatro componentes desta. Analisa-se, a partir de experiências brasileira e estrangeiras, a adequabilidade de um órgão responsável, de forma centralizada e integrada, pela aquisição de produtos de defesa e fomento da P&D na área da defesa. Este órgão reuniria recursos financeiros e humanos, possibilitando aquisições de produtos de defesa e o desenvolvimento de tecnologia de forma mais célere, eficaz e econômica. Sendo assim, o artigo pretende responder à pergunta: Dada a complexidade e importância do setor industrial de defesa para o preparo e sustentação da Defesa Nacional, quais são as lições que podemos tomar das experiências estrangeiras exitosas no que tange a organização de suas estruturas de Defesa para o fomento de tecnologia autóctone? A hipótese é que o governo precisa atuar como agente central na Base Industrial de Defesa, através de uma agência que aparelha e mantém as Forças Armadas em funcionamento, visando a prontidão tecnológica enquanto a materialização do conhecimento à área militar.

Palavras-chave: Base Industrial de Defesa, Capacidade Militar, Prontidão Tecnológica, Aquisições em Defesa, Produtos de Defesa.

 

Abstract: This paper intends to discuss the importance of the management of Brazilian’s Defence Industrial Base, approaching the necessity of technological readiness, in order to increase Brazilian military capability, since modernity and sustainability are two of its four components. Brazilian and foreign experiences are analyzed with a view to the suitability of an agency responsible, in a centralized and integrated way, for the acquisition of defence products and promotion of defence R&D.  Such Agency, would gather financial and human resources, enabling faster, more efficient and cheaper acquisition and technology development. Therefore, this paper intends to answer the following question: given the complexity and importance of the industrial defence sector to prepare and support the National Defence, what are the lessons we could get from successful foreign experiences regarding the organization of their defence structures for the development of indigenous technology? The hypothesis is that the government has to act as a central agent by means of an agency that develops and supports Armed Forces operations, regarding technological readiness as the materialization of knowledge to military issues.

Keywords: Defence Industrial Base, Military Capability, Technology Readiness, Defence Acquisition, Defence Products

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